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Como reduzir custos com o Movimento Parto Adequado?
O seu hospital está participando do Movimento Parto Adequado?
Essa iniciativa, liderada pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) em parceria com o Hospital Albert Einstein e Institute for Healthcare Improvement (IHI) busca reduzir o número de cesáreas desnecessárias no país, pois, no Brasil, mais de 80% dos bebês nascem de cesarianas realizadas sem a necessidade clínica.
Além do objetivo da promoção do parto normal, o Movimento Parto Adequado também busca melhorar a qualidade na assistência materna.
Outro ponto importante, ressaltado em estudo realizado pela USP, mostra que entre 2015 e 2019, houve redução de 13,7% nas cesarianas realizadas em hospitais privados na cidade de São Paulo. Porém, em contramão àqueles não implementaram o Movimento Parto Adequado, houve a redução de apenas 3,4%.
É nítido que o objetivo do Movimento Parto Adequado é alcançado quando observamos os resultados trazidos pela USP, mas, também é importante que ressaltar que deve ser realizado os procedimentos de cesáreas quando há risco à vida da gestante ou bebê, a cirurgia seja importante em situações perigosas, realizá-la desnecessariamente pode aumentar o risco de complicações, causando mais danos à mãe e ao bebê.
O que a ANS busca no Movimento Parto Adequado
A ANS está comprometida em reduzir o número de cesarianas desnecessárias no âmbito da atenção terciária e os resultados começam a aparecer. A ANS tem trabalhado arduamente para reduzir o número de cesarianas desnecessárias na atenção secundária e os resultados começam a aparecer. Em 2017, a taxa de controle da cesárea foi de 86%. Em 2021-2022, esse número cairá para 81,8%.
Embora a percentagem ainda seja elevada, esta diminuição mostra que o Movimento Parto Adequado começa a mudar a cultura que está enraizada nas organizações de saúde. Além da sensibilização das mulheres grávidas e dos prestadores de cuidados de saúde, esta mudança é acompanhada por protocolos mais rigorosos e novos métodos de cuidados maternos. O parto natural é prioritário sempre que possível para garantir a segurança da mãe e do filho.
Certificação em Boas Práticas na Atenção Materna e Neonatal (CBP-Parto Adequado)
No ano de 2023, foi estabelecido um novo passo importante pela ANS: a criação de um certificado de boas práticas na Atenção Materna e Neonatal (CBP-Parto Adequado). Este certificado, presente para o Movimento Parto Adequado, é atribuído aos prestadores de cuidados à saúde para implementação de medidas de cuidados pré-natais, de parto e pós-natais, sempre com foco na qualidade e com o objetivo de proteger e assegurar a saúde da criança e da gestante.
As operadoras que se interessarem em certificar-se em CBP - Parto Adequado, deve preencher os requisitos:
não estar em plano de recuperação assistencial;
não estar em regime especial de direção técnica ou fiscal;
ter um desempenho mínimo do IDSS igual ou maior que 0,5; e
apresentar uma cobertura populacional mínima baseada no total de partos cobertos no período de 12 meses anteriores.
A CBP Parto Adequado se baseia em quatro pilares:
I) Organização da jornada da gestante;
II) ênfase no cuidado pré-natal;
(III) Adoção de boas práticas baseadas em evidências científicas;
(IV) Coordenação da Linha de Cuidado Materna e Neonatal. Dessa forma, abrange todo ciclo gestacional e puerperal.
Como a Transforma Saúde pode ajudar a sua organização com o Movimento Parto Adequado?
O nosso objetivo é simples: transformar a saúde no Brasil. Um dos principais pontos é apoiar as organizações de saúde a estarem em conformidade com a ANS e normas regulatórias, buscando a melhoria contínua dos serviços de saúde através de certificados e acreditações para promover a inovação e a excelência nos prestadores de cuidados de saúde e nos hospitais.
Para organizações que buscam estabelecer critérios humanizados para gestantes e crianças, a certificação CBP-Parto Adequado é uma ótima estratégia para estar de acordo com as normas regulatórias e acreditações certificadas pela ANS. Além disso, a redução de cirurgias desnecessárias pode impactar positivamente em seus custos e sinistros, já que a possibilidade de um problema ou infecção posterior é baixa, levando em consideração que a reincidência de internação também é reduzida.
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